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Evolução das tipologias construtivas em Portugal

O património construído, seja ele classificado ou não, é uma referência histórica de extrema importância, tanto sob o ponto de vista social como numa vertente técnica, fornecendo elementos importantes para a compreensão do desenvolvimento evolutivo da capacidade humana de adaptação ao meio circundante, desde o primórdio dos tempos.

De facto desde que há registos escritos sobre a actividade do Homem à face da Terra, a sua vida surge inevitavelmente associada às mais variadas formas de habitar, desde o nomadismo ao sedentarismo. Foi desta forma que, depois de milhares de anos, a habitação passou de mero local de abrigo relativamente aos animais ou intempéries a verdadeiro local de conforto, bem estar e lazer, onde todas as exigências de habitabilidade são contempladas até ao mais ínfimo detalhe, tendo por base as soluções construtivas mais desenvolvida que se conhecem nos dias de hoje.

As guerras e desastres naturais foram no passado as causas que mais contribuiram para a destruição do património urbano, tendo o parque habitacional português, em particular o de Lisboa, sofrido grandes transformações desde os seus primórdios (A evolução da estrutura urbana até 1755) até aos dias de hoje. Para além disso, e com base na evolução operada na ciência e técnica desde o século XVII o edificado português sofreu grandes modificações até à generalização do uso do betão armado, como solução corrente, a partir de meados de século XX.

Evolução das tipologias constructivas

http://www.spes-sismica.org/Fig/LivroRVSE/capitulos/s1.pdf

Á medida que a altura dos edifícios aumenta , os materiais utilizados na sua construção evoluem da madeira para a alvenaria (de pedra ou tijolo) e finalmente, nas primeiras décadas do século XX, para o betão armado. Nos sentido de estabelecer uma evolução clara e concisa das tipologias construtivas generalizou-se para Portugal o observado para a cidade de Lisboa, embora o país apresente regiões de características ambientais e culturais distintas. Para além disso não pode ser esquecido o facto de os materiais disponíveis na natureza, no passado utilizados nas alvenarias, serem diferentes do norte para o sul ou do litoral para o interior do País.

Pode-se dizer que os edifícios de alvenaria constituem uma percentagem importante do parque edificado dos países do sul da Europa, em que se inclui Portugal. Atendendo à evolução das práticas construtivas dos edifícios de alvenaria através do tempo, é possível detectar variações não só em termos da arquitectura e tipologias construtivas mas também ao nível da concepção estrutural. Estas diferenças originam alterações significativas ao nível da resistência sísmica dos vários tipos de edifícios identificados. Dentre os tipos de edifícios de alvenaria construídos após 1755, distinguinguem-se três fases: edifícios Pombalinos, Gaioleiros e 'de Placa'. A diferenciação entre os tipos de edifícios referidos baseia-se não só na época de construção, mas essencialmente pela presença ou ausência de elementos estruturais de madeira. A existência destes elementos é muito importante no sentido de permitir a caracterização do comportamento de cada tipo de edifícios face às acções sísmicas. Com base no referido por diversos autores é possível estabelecer-se uma divisão ao nível das tipologias dos edifícios, de acordo com as suas características estruturais, directamente relacionadas com a época de construção, e com as tecnologias construtivas empregues.

A distribuição destes edifícios na cidade de Lisboa comprova a grande importância das alvenarias no parque edificado e o crescimento da cidade da zona central à beira rio para as zonas periféricas.

Considerações acerca das várias tipologias identificadas

A caracterização detalhada dos edifícios de Lisboa deverá atender a inúmeros factores que não foram mencionados, para os quais se chama a atenção. "Uma listagem de factores importantes a reportar através de uma evolução ao longo dos tempos, é apresentada em seguida sem qualquer ordem de importância na sua classificação:

  • Evolução dos quarteirões, sua forma, dimensão e índice de ocupação;
  • Evolução das plantas tipo, sua forma e dimensão;
  • Evolução da organização dos espaços na plante com ênfase em:
    1. Colocação da cozinha e sua área (à frente ou atrás);
    2. Colocação das casas de banho (atrás, saguão ou interior);
    3. Distribuição das escadas (serviço/incêndio ou principais) e evolução das instalações.
  • Sanitárias (águas correntes, esgotos interiores ou exteriores);
  • Eléctricas
  • Gás
  • Evolução dos aspectos de conforto:
    1. Térmico (isolamento, aquecimento por fogão de sala ou por circulação de água quente, aquecimento eléctrico);
    2. Iluminação (percentagem de janelas e sua colocação, colocação na periferia exterior saguões ou bombas de escada interior);
    3. Acústica (evolução dos ruídos actuantes, evolução das técnicas de isolamento, nas paredes e pavimentos)".

Outra característica a reter sobre os edifícios mais recentes (dos últimos 20 a 30 anos) é a presença de garagem para os carros. Um outro aspecto a considerar de maior importância, também não explicitamente considerado na caracterização do parque diz respeito à distribuição geográfica de renovação.

Evolução da regulamentação do betão armado em Portugal (em construção)

Resistência e vulnerabilidade sísmica dos edifícios.

 

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Última actualização: 22-04-2005

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