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Como se mede um sismo?

Há vários tipos de ondas sísmicas. No geral, correspondem a dois grupos: as ondas volúmicas e as ondas superficiais.

As ondas volúmicas classificam-se em dois tipos:

a) Ondas primárias, longitudinais, de compressão ou simplesmente ondas P. Tal como uma mola, há deslocação de partículas paralelamente à direcção de propagação da onda:

São as mais rápidas e, portanto, as primeiras a atingir a superfície terrestre sendo, por isso, designadas por ondas primárias. As ondas P propagam-se nos meios sólidos, líquidos e gasosos, havendo variação de velocidade quando passam de um meio para o outro.

b) Ondas transversais, de cisalhamento ou simplesmente ondas S. Tal como uma corda, provocam vibrações nas partículas numa direcção perpendicular ao raio sísmico, isto é, as partículas que transmitem as ondas vibram perpendicularmente à direcção de propagação da onda:

Propagam-se com menos velocidade do que as ondas P, atingindo a superfície terrestre em segundo lugar, sendo, também, designadas por ondas secundárias. As ondas S apenas se propagam nos meios sólidos, não se propagam nos meios líquidos.

Com a chegada das ondas volúmicas à superfície geram-se ondas superficiais que são, em geral, as causadoras das destruições provocadas pelos sismos de grande intensidade. Nas ondas superficiais distinguem-se dois tipos:

a) Ondas de Love ou ondas L, que são ondas de torsão, em que o movimento das partículas é horizontal e em ângulo recto (perpendicular) à direcção de propagação da onda:

b) Ondas de Rayleigh ou ondas R, que são ondas circulares em que o movimento das partículas se produz num plano vertical àquele em que se encontra a direcção de propagação da onda:

As ondas superficiais propagam-se com menor velocidade que as ondas P e S.

Portanto, as vibrações sísmicas manifestam-se por fases consecutivas, com diferentes propriedades, tanto no que diz respeito à sua velocidade de propagação, como no movimento que provocam nas partículas constituintes das formações geológicas. Estas vibrações do solo num dado local podem ser registadas detalhadamente, sob a forma de sismogramas, em instrumentos denominados sismógrafos.

      

A amplitude das ondas sísmicas registadas em sismogramas permite calcular a magnitude dos sismos, que é uma medida da energia libertada em cada evento e, portanto, uma medida da sua grandeza absoluta, independente da distância.

A primeira escala quantitativa de magnitudes sísmicas foi criada em 1951 e aperfeiçoada em 1955 por Richter, que definiu a magnitude local, também conhecida por magnitude de Richter.

A relação entre a magnitude de Richter e a quantidade de energia libertada não é linear: a um acréscimo unitário do valor da magnitude corresponde uma quantidade de energia libertada 32 vezes superior.

A severidade das vibrações sísmicas ocorridas num dado local é medida pela intensidade sísmica. A sua quantificação, geralmente expressa em graus de uma escala de intensidades é feita através da avaliação dos efeitos produzidos pelo sismo no local considerado.

Não pode ser considerada como uma grandeza global do sismo: o mesmo sismo produz intensidades de valores diferentes em diferentes locais.

A intensidade de um sismo é estimada pelo observador tendo como referência uma escala de intensidades. Estas agrupam os efeitos sísmicos sobre as pessoas, objectos, construções e natureza:

Podes encontrar mais informação sobre escalas de intensidade em:

http://www.spes-sismica.org/pEscalas.htm#INTENSIDADE

e sobre propagação de ondas sísmicas em:

http://domingos.home.sapo.pt/estruterra_2.html

 

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Última actualização: 22-04-2005

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